- Título: Madame Leviatã
- Autora: Rita Isadora Pessoa
- Lançamento: 17/08/2020
- Formato: 14x21 cm
- Páginas: 84
- ISBN: 978-65-990151-7-5
Sobre o livro:
Madame Leviatã é o terceiro livro de poemas de Rita Isadora Pessoa, que retoma, nessa nova obra, a discursividade cotidiana já explorada em A vida nos vulcões e Mulher sob a influência de um algoritmo, sempre cortada pela sua já característica sintaxe espacial.
Escrito nas “imediações das catástrofes naturais” da linguagem, o novo livro coloca seus leitores diante de uma sucessão imagética profusa, que oscila entre formas e temáticas míticas atemporais (atualizadas e trazidas para o presente) e o senso apocalíptico de um colapso iminente.
Enquanto a iminência do fim vai se construindo a partir do íntimo, e da escalada do desejo sobre as coisas que se destroem nas vozes dos poemas, tal trabalho com o lirismo não deixa de se ancorar e também apontar para uma intromissão do real. De acordo com a autora, os poemas que compõem a coletânea foram escritos, em sua maioria, entre 2016 e 2019, sinalizando um momento histórico de escritura marcado por um golpe democrático, pela ascensão de um fascismo não nomeado enquanto tal e os pródromos de pandemia global de proporções devastadoras.
O princípio que funciona como arquitetura dorsal de Madame Leviatã é a repetição: ora alentadora, ora infernal. A repetição enquanto costura — enquanto medula espinhal — dá notícias da própria figura que dá título ao livro: o Leviatã, monstro bíblico que, aqui, aparece enquanto figura atemporal e agourenta, irônica e inescapável, acenando o fim para que se iniciem outros tempos.
Sobre a autora:
Rita Isadora Pessoa é uma escritora nascida no Rio de Janeiro. É mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ) e doutora em Literatura Comparada (UFF). Publicou em 2016 seu primeiro livro de poemas, A vida nos vulcões. Foi vencedora do Prêmio Cepe Nacional de Literatura de 2017 na categoria Poesia, com o livro Mulher sob a influência de um Algoritmo. Ficou em 2º lugar no Prêmio Off-Flip de 2018, com “Como Batizar um Ciclone Atlântico”.